Políticas Nacionais

Especialistas são preteridos em indicação ao CNE

Maria Helena Guimarães e Mozart Ramos foram os mais indicados, mas perderam a vaga para ex-membros ligado ao presidente

A dois meses do fim do mandato, o presidente Jair Bolsonaro preteriu nomes de maior consenso para o Conselho Nacional de Educação (CNE) para incluir pessoas alinhadas ao seu governo. Ficaram de fora da Câmara de Educação Básica os especialistas Mozart Ramos, ex-secretário de Pernambuco, e Maria Helena Guimarães, uma das criadoras do Enem e referência em avaliação educacional no país.

O conselho tem 22 integrantes, com mandatos de quatro anos. A cada dois anos, parte da composição é renovada. Ontem, foram mudados nove integrantes: três da Câmara de Educação Básica e seis da Câmara de Educação Superior.

O conselho tem um papel relevante na avaliação e formulação de diretrizes da educação. Durante a pandemia, elaborou pareceres orientando as redes a como adaptar o calendário escolar. Além disso, teve protagonismo em todas as discussões recentes sobre mudanças curriculares.

Irmã do ministro da Economia, Paulo Guedes, Elizabeth Guedes foi escolhida para integrar a Câmara de Educação Superior. Elizabeth, no entanto, é presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), entidade representativa no setor que detém 85% das matrículas no ensino superior. Apesar do parentesco, a nova nomeada para o CNE não costuma poupar críticas aos rumos da educação no governo Bolsonaro e foi uma das três mais indicadas para o posto.

Leia o texto na íntegra no site O Globo.